Vídeo: Atleta denuncia perseguição durante treino na orla de Maceió

Um vídeo publicado nas redes sociais pelo atleta de corrida Charles Guedes reacendeu a discussão sobre a segurança de quem pratica atividades físicas ao ar livre. No relato, feito durante um treino na orla da Ponta Verde, em Maceió, o esportista denuncia ter sido perseguido por um motorista em um Jeep preto, episódio que, segundo ele, não é inédito.

“É a terceira vez que me persegue. Eu acho uma falta de respeito, eu não dei ousadia. É uma pessoa que está me paquerando, nada contra, porém é chato para caramba, tem que saber respeitar. A pessoa não deu bola, não deu ousadia, segue o jogo. E ele sai do carro ainda mais. É algo que tira a atenção do atleta, assusta. Imagine o que as mulheres passam”, desabafa Charles no vídeo.

No registro, é possível ver o momento em que ele confronta o motorista: “O senhor perdeu alguma coisa?”, questiona. Em seguida, reforça a importância de documentar a situação: “Isso tem que filmar porque é para sua segurança, minha segurança, segurança de todo atleta que está em via pública”.

A postagem rapidamente ganhou repercussão, com outros atletas compartilhando relatos semelhantes nos comentários.

“Na segunda-feira esse cidadão fez a mesma coisa comigo”, comentou o seguidor David Charles.

“Eu parei de correr na rua por causa disso. Todo domingo um cara de bike me perseguia, foram umas 5x. Logo parei de ir correr dia de domingo e fui para academia. Muito difícil passar por situações como essa, porque sabemos que não vai dar em nada infelizmente”, relatou a personal Kleana Reis.

O comentário de Paola Chaves destacou a gravidade do comportamento do suspeito: “Que absurdo. Nem a filmagem o intimidou!!! Ou seja, ele faz por desrespeito mesmo!!!”.

“Passo por isso várias vezes também. Infelizmente, isso acontece tanto com mulheres quanto com homens. Um verdadeiro desrespeito!”, completou o perfil vitao_corredorpe.

A indignação se estendeu especialmente entre mulheres, que reforçaram a frequência dos episódios de assédio em locais públicos. “Triste a situação. Para gente que é mulher a situação é pior, porque acontece o tempo todo. Não importa a vestimenta, a pessoa sempre mexe, segue, buzina. Não tem paz. Imagina o susto da pessoa ficar te perseguindo”, desabafou a seguidora Fernandinha.