12/10/2021 10:30:52
Polícia
MP pede que polícia investigue autores de vídeo com incitação à violência
Nas imagens, os homens aparecem com um chicote na mão e dizem ser para "petistas" e "macumbeiros"
Reprodução

 A promotora de Justiça Hylza Paiva, da cidade de Coruripe, solicitou, nesta segunda-feira (11), que o delegado da cidade abra, com urgência, um inquérito para apurar denúncia de incitação à violência e manifestação de ódio contra pessoas negras, de religião de matriz africana e integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT).

O crime teria sido cometido por dois cidadãos da cidade, que gravaram vídeo com ofensas e incitações. Nas imagens que a Gazetaweb teve acesso, os homens aparecem com um chicote na mão. Um deles diz: “E para os petistas é isso aqui [o chicote], no pé do ouvido, na cara, que é para aprender a ser gente”.

Após as ofensas, o homem passa a palavra para outro que aparece no vídeo. Esse outro homem completa: “Para o petista tem esse aqui, lapada no pé do ouvido, só dou nas costas e na cara”. O homem ainda diz que não gosta de petista, e os chama de “raça miserável”.

Outro grupo atacado pelos homens é o de religiosos de matriz africana. O homem que aparece no começo do vídeo toma a palavra e ataca novamente. “Para os macumbeiros, é isso aqui [em referência ao chicote]”.

De acordo com a denúncia feita pela Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos de Alagoas, os homens que aparecem no vídeo são Van, que seria proprietário de um lava jato, e Joelisson, que é conhecido como Gó, que atua como mototaxista. Em respeito aos grupos atacados e aos leitores em geral, a Gazetaweb não vai publicar as imagens.

O delegado Fernando Lustosa informou que tomou conhecimento do caso e determinou a instauração do inquérito junto à Polícia Civil de Coruripe. "Vamos marcar as oitivas dos envolvidos e anexar os vídeos ao inquérito", disse.

Brincadeira

Após as imagens se espalharem nas redes sociais, o mototaxista que seria chamado Joelisson, e que aparece no vídeo, gravou um novo vídeo se retratando. Segundo ele, as imagens seriam uma "brincadeira" para “zoar” um colega do ponto de mototáxi onde trabalham. O homem diz que “muita gente se doeu” com as imagens. Após isso, ele pede desculpas a quem se sentiu ofendido.

Prazo

No ofício endereçado ao delegado Fernando Lustosa, a promotora dá um prazo de 10 dias para que seja comunicada a instauração do inquérito ou as providências adotadas.

Fonte: Gazetaweb

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