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05/08/2025 12:49
Alagoas

Alagoas é alvo de operação contra venda de anabolizantes ilegais

Polícia apura envolvimento de academias e influencers de Alagoas na venda de anabolizantes clandestinos.
Medicamentos anabolizantes e emagrecedores / Foto: Reprodução
Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, na manhã desta terça-feira (5), uma operação de grande porte contra uma organização criminosa especializada na falsificação e comercialização ilegal de medicamentos anabolizantes e emagrecedores — muitos deles com alto risco à saúde. A ação, que inclui Alagoas entre os 12 estados alvos, cumpre 85 mandados de busca e apreensão e 35 de prisão temporária.

A ofensiva nacional é coordenada pela 1ª Central Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), com apoio de todas as unidades da Polícia Judiciária envolvidas. Em Alagoas, os mandados judiciais estão sendo cumpridos com participação direta da Polícia Civil do estado, que mantém sob sigilo os nomes dos alvos e locais das diligências.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a quadrilha movimentou mais de R$ 25 milhões nos últimos cinco anos, atuando à margem da legislação sanitária, sem qualquer autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os medicamentos ilegais eram vendidos diretamente a pessoas físicas pela internet, sem receita médica — o que agrava o risco à saúde pública.

“Estamos diante de uma estrutura criminosa altamente organizada, com braços operacionais e logísticos espalhados por diversos estados, inclusive Alagoas. Os produtos vendidos são potencialmente perigosos, com efeitos colaterais graves e nenhum controle de qualidade”, explicou o delegado Ronald Quene, que coordenou a operação.

A produção era feita em laboratórios clandestinos, com falsificações grosseiras de rótulos e embalagens para simular originalidade. De acordo com a investigação, parte dos medicamentos era vendida como suplementos naturais, o que dificultava a identificação inicial pelas autoridades sanitárias.

Fontes da Polícia Civil alagoana confirmaram, que o estado não era apenas ponto de consumo, mas também rota de distribuição. Os medicamentos chegavam por transportadoras ou encomendas postais, sendo revendidos ilegalmente por intermediários locais. Há indícios de que academias e perfis em redes sociais ligados ao universo fitness estejam entre os principais canais de revenda em Alagoas.

As investigações também apontam que influencers e profissionais da área de estética podem estar envolvidos na cadeia de comercialização. A polícia não descarta novas fases da operação, com prisões adicionais e bloqueio de contas bancárias utilizadas para lavagem de dinheiro.

Além de Alagoas, a operação ocorre simultaneamente em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Mato Grosso, Amazonas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Só no estado de São Paulo, estão sendo cumpridos 57 mandados em cidades como Guarulhos, Campinas, São José dos Campos, Jundiaí e a capital.

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